The End of the F***ing World

by - segunda-feira, fevereiro 05, 2018

James e Alyssa têm 17 anos e não são adolescentes normais. Ele tem a certeza de que é um psicopata - os seus hábitos não são nada comuns para alguém da sua idade. Incluem matar animais, taxidermia, arranjar coisas, mutilar-se, e para além disso as suas apetências sociais são praticamente nulas. A sua mãe suicidou-se à sua frente quando era pequeno. Daria tudo para matar uma pessoa.

Alyssa não tem filtro - pensa e diz tudo o que lhe vem à cabeça. É rebelde por natureza, perspicaz, é cool. A relação com a mãe é algo turbulenta e tem um padrasto doentio e parvalhão. Quando os dois se cruzam e aprofundam a relação, é mágico. James acha que ela é perfeita para ser a sua vítima; ela começa a vê-lo como um potencial namorado e um meio para atingir um fim - convence-o a fugir da pouca vida que têm e ir conhecer o pai dela, que se tornou ausente muito cedo.

A aventura começa e os dois vão construindo uma relação hilariante, mas ao mesmo tempo trágica, à medida que as coisas se complicam. Passam a ser dois fugitivos, criminosos, que correm da culpa e de uma vida à qual já não podem voltar. A química entre eles é indesmentível e dá azo a várias situações que nos derretem e apoquentam.

O modo como a série é feita é genial. Os diálogos são brilhantes, e o facto de lhes "ouvirmos" os pensamentos antes de eles os verbalizarem tem muito a dizer sobre aquilo que efectivamente pensamos e o que acabamos por dizer. A fotografia é brutal, assim como a banda sonora. É uma série para todos - adolescentes e adultos. É fresca, tem humor negro, personagens muito bem trabalhadas e actores fantásticos. Tem momentos estonteantes e belos que nos deixam boquiabertos, saudosistas, emocionados. Vê-se num ápice: cada episódio tem apenas 20 minutos e ficamos presos desde o primeiro.

Está disponível na Netflix. Recomenda-se fortemente uma espreitadela.

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