A porcaria humana não tem limites

by - quinta-feira, abril 14, 2016

Em março deram à costa 13 cachalotes na Alemanha. Depois da autópsia, veio a ser revelado que os estômagos dos animais estavam cheios de lixo, incluindo uma rede de pesca de 13 metros e uma parte de um carro. Não morreram intoxicados - morreram à fome. Os estômagos estavam cheios, mas de merda, e os antes majestosos cachalotes sucumbiram. Tinham apenas 15 toneladas, quando deviam ter no mínimo 32.

Tenho poucas palavras para isto. O ser humano é uma porcaria pegada que só olha para o próprio umbigo e procura o caminho mais fácil para tudo. Aqui, o caminho mais fácil é atirar todo o tipo de merda para o mar e voltar para trás a assobiar, com as mãos nos bolsos, como se nada fosse. É como acender o fósforo e atirá-lo para uma bomba de gasolina enquanto se afasta devagar. É doentio. Somos culpados pela degradação do planeta, das espécies, da natureza, dos mares, do ar, da terra, sem nos apercebermos que também estamos a provocar a nossa própria morte e das próximas gerações.

Não sabemos agir com respeito para o que está à nossa volta, não temos compaixão por algo que é tão maior do que nós, tão melhor, mais puro, mais belo. Vamos destruir tudo e a nós também tão naturalmente como ir à casa de banho. Tenho asco a quem não respeita a vida, a quem se acha no topo do mundo e da cadeia alimentar, a quem cospe na própria casa, este planeta que não merecemos. Metem-me nojo. Dão-me vergonha.

Faça cada um a sua parte. E nós, que nos compadecemos, que temos a capacidade de amar outros seres, que sabemos o que é o respeito e apreciar a beleza das coisas, temos de fazer a parte dos outros também.



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2 comentários

  1. Há um conjunto de livros de ficção científica do David Brin (género e autor que gosto imenso) em que num futuro próximo as baleias desaparecem. Ficam registados apenas os seus sons e descobre-se que são animais que sonham e elaboram complicados poemas! "Nós" podemos vir a desaparecer mais tarde, mas entretanto vamos destruindo tudo à nossa volta!

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